Quem?
Eu?
Lamento por quem pensa assim ao meu respeito, pois
demonstra que não me conhece.
No geral eu não dou a mínima para o que pensam de
mim, mas como se trata de uma pessoa que eu amo, e muito, vou tentar abrir seus
horizontes.
A fibromialgia me impossibilita de muita coisa, mas
em contrapartida me ensina outras tantas.
Estou mais sensível do que era e isso tem seu lado positivo e negativo.
O positivo é que consigo ver a beleza até em uma poça de água da chuva, o
negativo é tenho que me defender mais do mundo e dos seres humanos, pois
pequenas coisas podem tomar proporções enormes e me magoar muito.
Criei minha redoma, sou flor de estufa, não posso
sentir muito frio, nem muito calor. Tudo tem que ser controlado, a luz, a água,
os ventos...
Mas nesse que parece ser um pequeno mundo,
encontrei muita riqueza.
O que me cerca não tem fim.
No meu novo ritmo lento de caminhar tenho tempo
para olhar e dar valor ao que me cerca de outra maneira.
Minha nova casa, meu jardim, as montanhas que me cercam neste paraíso, meus
queridos irmãos, meus poucos amigos, minha humilde e amada máquina
fotográfica que me permite registrar a natureza e outras coisinhas.
A internet então, foi uma descoberta fantástica para mim, com uma leque de opções infinitas. O Skype,
minhas pesquisas no Google, as pessoas com as quais me comunico no Facebook são
de uma riqueza extraordinária, há muitos seres iluminados postando mensagens e
imagens maravilhosas, do mundo inteiro.
Através do face pude me reaproximar de ex-alunos,
acompanhar suas trajetórias, ver suas lutas e suas vitórias. Nossa sinto tanto
orgulho de ver como eles cresceram LINDOS.
Lógico que de
vez em quando aparecem algumas coisas com as quais eu não concordo, mas aí está
uma riqueza imensa, a divergência de opiniões é uma coisa boa, eu não sou dona
da verdade, e neste território somos LIVRES para nos expressar e para desligar tudo
quando cansamos.
Ah! Eu também gosto muito de alguns joguinhos, não
posso negar.
Existem “coisas” que eu sinto falta, meus filhos, minha
memória e falta de concentração, os brancos, a dificuldade de falar, meu
trabalho, minha independência, a minha casa onde vivi por trinta anos, havia
muita “coisa” nela...
A minha doença me virou do avesso, me mostrou que
NADA me pertence e que eu pertenço a tudo.
Logo eu só tenho que agradecer a todas essas
PESSOAS e coisas maravilhosas que hoje fazem parte da minha vida.
Quanto ao tema “falta de assunto”, quem sofre disso
é quem vive se preocupando com a vida alheia, fazendo fofocas, julgando as
pessoas pelas etiquetas das roupas que usam ou pelos carrões tem.
Muita paz, luz e um beijo no coração.
Viviana MOREIRA.
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