sábado, 21 de julho de 2012

Matofobia

Do meio do nada, ou de entulhos que sufocam a terra, eles teimam em brotar.
Não recebem cuidados especiais como: água, luz, terra especial ou adubos.
Desprotegidos dos efeitos extremos do clima como: calor, vento, frio ou geadas.
Estão ali no meio de destroços e ninguém os olha ou dá atenção.
Podem ser grandes, às vezes pequenos e até minúsculos.
Nós os chamamos de matos e os depreciamos.
Não somos capazes de parar nem um instante para vê-los.
Por quê?
Tenho certeza de que se eles estivessem plantados em vasos pomposos, expostos nas prateleiras de floriculturas, com nomes exóticos em latim, todos reparariam na sua existência e até pagariam altas somas em dinheiro para obtê-los.
Até com as plantas existem modismos, uma hora são as orquídeas, de preferência as que têm hastes longas com suas flores brancas, pois são bonitas e mais acessíveis. Existem os que preferem os lírios, as rosas ou as apelidadas de “flores do campo”.
São muitas variedades, mas nunca vi ninguém falar ou dar valor as flores silvestres.
Falo daquelas que teimam em nascer, sobreviver, que vivem no ostracismo e no anonimato.
Seria mais um tipo de preconceito? Matofobia!





















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