quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Que burrice a minha!


Tem alguém preocupado com a Praça Olímpica, com a Buganvília vermelha que mataram ou com o Ipê amarelo?
É óbvio que não, esses temas não significam nada em comparação com o que estamos vivendo hoje no país. Mas não queria  mergulhar no lamaçal em que nos encontramos e muito menos correr o risco de ficar atolada.
Teresópolis é só um pontinho no mapa, uma gotinha que deságua timidamente no Oceano.
Quem sou eu?
 Ninguém
De que vale a minha opinião no meio de 220 milhões de brasileiros?
De nada
 Quem somos nós em relação aos países de primeiro mundo?
Melhor nem cogitar qualquer tipo de comparação, pois sobressaímo-nos, para variar e negativamente.
Descaso, omissão, corrupção, impunidade e desonestidade  entre outras, são as palavras que retratam a nossa realidade.
Lamas! Somos banhados diariamente por uma variedade enorme de lamas e com certeza nenhuma delas é medicinal.
Querendo ou não estamos nos chafurdando, afundando no que parece uma maldita areia movediça.
Um tsunami de lama tóxica derramado por mineradoras destruiu a cidade de Mariana, o Rio Doce e desceu devastando tudo o que estava no caminho.  Quantas pessoas morreram? Quais são as verdadeiras dimensões deste desastre?   Qual é a extensão? Nem o Ministério do Meio Ambiente tem noção. Ninguém diz nada. Nossas “otoridades” são o máximo!
Senado? Congresso? Políticos?
 Nãoooooooooo... Que lamaçal!
 Não me lembro do autor do seguinte pensamento: “Não posso falar, se eu falo, eu penso, e se eu penso, eu choro”.  Neste momento diria: Não posso falar, se eu falo, eu penso, e se eu penso, vou presa ou internada no manicômio.
Economia ladeira abaixo, juros ladeira acima.
Desemprego ladeira abaixo, violência ladeira acima.
Direitos do cidadão ladeira abaixo, deveres do cidadão ladeira acima.
Não tenho preparo físico para subir e descer tantas ladeiras.
E por falar em preparo físico, como é tratada a Saúde?
Depende se eu quero morrer lentamente ou rapidamente. Lentamente, uso o meu plano particular de saúde e rezo para encontrar um médico na especialidade que preciso, em uma data anterior a seis meses. Rapidamente?  Vou para um hospital público com carteirinha do INSS. Morro de susto só de ver o tamanho da fila, quilômetros de comprimento  para agendar um atendimento que pode acontecer daqui a um ano, quem sabe dois.
É para surtar, nem mais, nem menos. E por falar em surto alguém ouviu falar em Aedes aegypti, dengue, chikungunya ou zica?
Esse tal de Aedes aegypti é só um mosquitinho, mas que faz um estrago medonho. Nem o governo, nem a sociedade, conseguem dar cabo dele. Deve ser porque ele está por aqui há pouco tempo, apenas quatro décadas.
O mal que ele pode fazer a saúde? Tudo depende, se a dengue for hemorrágica, fodeu, morte quase certa. Se o danadinho do mosquitinho estiver transmitindo  zica e você estiver no começo da gravidez, fodeu também, seu filho provavelmente nascerá com microcefalia.  Em 2014 foram 174 bebês nascidos com microcefalia, até a presente data são mais de 1200 bebês.
Brincadeira?
 Verdade!
Tem alguém interessado nestes dramas?
Está todo mundo de saco cheio de tanta conversa fiada.
Poderia continuar, mas já que não posso fazer nada para melhorar a situação em que nos encontramos, prefiro me alienar cuidando do meu jardim. 
Pai dê-me paciência e muita sabedoria, porque a coisa está calamitosa por estas bandas.
Grata

Ps: Por que os palavrões? Gírias? Porque gosto deles e pronto. Quanto aos erros de português também fazem parte do meu repertório. Caso você não suporte nem um, nem o outro, não leia o que escrevo. 



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