Tem alguém
preocupado com a Praça Olímpica, com a Buganvília vermelha que mataram ou com o
Ipê amarelo?
É óbvio que
não, esses temas não significam nada em comparação com o que estamos vivendo
hoje no país. Mas não queria mergulhar no
lamaçal em que nos encontramos e muito menos correr o risco de ficar atolada.
Teresópolis é
só um pontinho no mapa, uma gotinha que deságua timidamente no Oceano.
Quem sou eu?
Ninguém
De que vale a
minha opinião no meio de 220 milhões de brasileiros?
De nada
Quem somos nós em relação aos países de
primeiro mundo?
Melhor nem
cogitar qualquer tipo de comparação, pois sobressaímo-nos, para variar e
negativamente.
Descaso,
omissão, corrupção, impunidade e desonestidade entre outras, são as palavras que retratam a
nossa realidade.
Lamas! Somos
banhados diariamente por uma variedade enorme de lamas e com certeza nenhuma
delas é medicinal.
Querendo ou
não estamos nos chafurdando, afundando no que parece uma maldita areia
movediça.
Um tsunami de
lama tóxica derramado por mineradoras destruiu a cidade de Mariana, o Rio Doce
e desceu devastando tudo o que estava no caminho. Quantas pessoas morreram? Quais são as
verdadeiras dimensões deste desastre? Qual é a extensão? Nem o Ministério do Meio Ambiente
tem noção. Ninguém diz nada. Nossas “otoridades” são o máximo!
Senado? Congresso?
Políticos?
Nãoooooooooo... Que lamaçal!
Não me lembro do autor do seguinte pensamento:
“Não posso falar, se eu falo, eu penso, e se eu penso, eu choro”. Neste momento diria: Não posso falar, se eu
falo, eu penso, e se eu penso, vou presa ou internada no manicômio.
Economia
ladeira abaixo, juros ladeira acima.
Desemprego
ladeira abaixo, violência ladeira acima.
Direitos do
cidadão ladeira abaixo, deveres do cidadão ladeira acima.
Não tenho
preparo físico para subir e descer tantas ladeiras.
E por falar em
preparo físico, como é tratada a Saúde?
Depende se eu
quero morrer lentamente ou rapidamente. Lentamente, uso o meu plano particular
de saúde e rezo para encontrar um médico na especialidade que preciso, em uma
data anterior a seis meses. Rapidamente?
Vou para um hospital público com carteirinha do INSS. Morro de susto só
de ver o tamanho da fila, quilômetros de comprimento para agendar um atendimento que pode acontecer
daqui a um ano, quem sabe dois.
É para surtar,
nem mais, nem menos. E por falar em surto alguém ouviu falar em Aedes aegypti,
dengue, chikungunya ou zica?
Esse tal de
Aedes aegypti é só um mosquitinho, mas que faz um estrago medonho. Nem o
governo, nem a sociedade, conseguem dar cabo dele. Deve ser porque ele está por
aqui há pouco tempo, apenas quatro décadas.
O mal que ele
pode fazer a saúde? Tudo depende, se a dengue for hemorrágica, fodeu, morte
quase certa. Se o danadinho do mosquitinho estiver transmitindo zica e você estiver no começo da gravidez,
fodeu também, seu filho provavelmente nascerá com microcefalia. Em 2014 foram 174 bebês nascidos com
microcefalia, até a presente data são mais de 1200 bebês.
Brincadeira?
Verdade!
Tem alguém interessado
nestes dramas?
Está todo
mundo de saco cheio de tanta conversa fiada.
Poderia
continuar, mas já que não posso fazer nada para melhorar a situação em que nos
encontramos, prefiro me alienar cuidando do meu jardim.
Pai dê-me
paciência e muita sabedoria, porque a coisa está calamitosa por estas bandas.
Grata
Ps: Por que os
palavrões? Gírias? Porque gosto deles e pronto. Quanto aos erros de português
também fazem parte do meu repertório. Caso você não suporte nem um, nem o
outro, não leia o que escrevo.
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