Quando pensei que já
havia aprendido tudo, que minha missão estava completa e terminada, ou seja,
meus filhos de sangue criados e a minha cota de dedicação à educação dos filhos
alheios findada, percebi o tamanho da minha arrogância e ignorância.
Todo dia a vida apresenta uma nova lição para
quem está disposto a aprender.
Demorei um tempo até
perceber o óbvio. Sempre fui e sempre serei, simultaneamente, aluna e
professora. O vínculo é eterno, não é uma opção e sim uma realidade necessária
para o crescimento do individuo e que se encontra ao alcance de todos.
Manter sempre a mente
alerta e aberta para todo e qualquer ensinamento disponível, venha de onde
vier.
A Mãe Natureza e nós
os filhos da Terra, em uma permuta permanente, onde o dualismo é uma constante.
Aprender com o bem e
o mal, com o bom e o mau, com o que é visível e principalmente com o que está
invisível ao nosso olhar de simples mortais.
Perceber o que está
escrito nas entrelinhas, acreditar na intuição, ter discernimento, esmiuçar tudo
até a última instância e questionar constantemente. Não acreditar em pratos
feitos, o que parece estar pronto pode ser uma armadilha, analisar friamente
sempre, evitando a robotização e o atrofiamento da mente.
Não somos uma massa,
somos únicos e temos o dever de fazer a diferença valer apena.
Tivemos grandes
mestres como exemplo, nos foi passado todo tipo de ensinamentos, mas parece que
ser torpe é muito mais fácil, pois a mudança requer trabalho árduo e incessante.
Lemos e escutamos, porém
não fazemos valer o que é pregado. Não assimilamos, não ouvimos com a alma, nem
enxergamos com o coração, o que faz com que levemos uma vida vazia, correndo
atrás do próprio rabo.
Muitos pregadores são
exemplos vivos do ditado: Faça o que eu digo, não faça o que eu faço. Como
podemos segui-los se eles não nos dão o exemplo tão esperado?
Creio que o
importante tem que ser o que fazemos, estar com as nossas
consciências em paz, tentar aprender com os exemplos da Mãe e nunca dar algo por terminado.
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