quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Que venha 2013

 
 
Desejo que os meus seres AMADOS em 2013, em quantidades exorbitantes, DEM E RECEBAM, o seguinte:
FÉ, AMOR, PAZ, LUZ, SAUDE, COMPAIXÃO, SOLIDARIEDADE, RESPEITO, AMIZADE, SIMPLICIDADE, PERCEPÇÃO, CRESCIMENTO, HUMILDADE, SUPERAÇÃO, VITORIAS E FORÇA.
Quando digo seres AMADOS, são todos aqueles da Adriana até a Yasmin, seguindo a ordem alfabética.
Aqueles que são meus filhos de sangue ou não, minha filhota do coração, familiares, hermanas que a vida me presenteou, ex- alunos, amigas e amigos que trabalharam comigo no difícil DEVER de EDUCAR, seres maravilhosos que conheci no FACE. Pessoas que nem se encontram mais neste planeta, outros que nem no face se encontram, mas todos os que moram em meu coração GIGANTE. De alguma maneira receberão meus votos e minhas vibrações na passagem do ano.
Que fique claro que quando eu digo que AMO é de verdade, não estou brincando e o meu amor certamente já foi declarado abertamente, pois nunca deixo para amanhã a frase: EU TE AMO. Vai que eu parto de uma hora para a outra para outras esferas...
Um beijo na alma de todos vocês e o forte desejo de que em 2013 possamos nos ver pessoalmente.
 
 
 


 


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Retrospectiva de 2012


Não vou falar das tragédias do planeta, tento aprender que elas não são minhas. Eu me importo, mas tento ignorá-las.
Não posso sofrer por fatos que não me dizem respeito diretamente. Então me faço a seguinte pergunta: é problema meu? Posso resolver?
Tento apertar um botão grande, vermelho que nele está escrito foda-se.
 Preciso me defender contra os males do mundo, para poder controlar a minha doença autoimune. Logo, é questão de sobrevivência.
 Alienada? Sim, não me interessam os filhos da violência e só lamento por suas vítimas.
Não me preocupar e sim ocupar-me com coisas que me dão prazer.
 Ainda estou em fase experimental, mas tenho fé de que vai dar certo, vou conseguir.
Com isso aprendi a direcionar o meu olhar para bem longe do ser humano.
Plantas, flores, bichos, o vento, a chuva, o Sol, a Lua, as estrelas e tudo ao meu redor agora tem outra dimensão. É como se tivesse aberto uma porta para o paraíso.
Estou apaixonada pela Mãe Natureza e pelo Pai, criador de tantas maravilhas.
Nem uma flor silvestre escapa ao meu olhar, não precisa ser orquídea para ser bela.
Encanto-me com os tico-ticos, onde está escrito que tem que ser rouxinóis?
 Ao acordar abro a janela do meu quarto e tenho a visão mais linda de montanhas que me cercam por todos os lados. Dou bom dia a elas e agradeço a Deus pelo presente de poder vê-las.
Antes de tomar o café, abro outra janela e lá estão elas, mais montanhas, umas com suas pedras gigantes, outras com suas matas maravilhosas.
Viajo com o aroma do café, das frutas, das flores da lavanda ou da dama da noite. Não preciso de perfumes franceses para ser feliz.
Estou maravilhada com a simplicidade! É isso que eu descobri em 2012 e é o que quero para mim, a simplicidade, nem mais nem menos.
Imagine que uma pessoa vem com um presente para você. Uma bomba, dentro de um pacote, bem embrulhado, uma beleza. Você aceita a bomba?
O que tento fazer é algo parecido, se a vida quer me dar um limão azedo e tão ácido que não dá nem para fazer uma limonada, eu simplesmente não aceito.
Ainda tenho minhas recaídas, mas me policio e com isso as crises estão cada vez mais escassas e menos avassaladoras.
Gostaria que isto que escrevo possa ajudar alguém, se não for assim é só mais um texto que escrevo.
Viviana feliz 2013! Família, amigos feliz 2013!
 Mundo? Se vira aí malandro! Eu estou fora de sua sintonia.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Posso ser louca, mas não sou burra.



Eu tinha vinte anos, morava em um apartamento na Rua Farme de Amoedo, em Ipanema.
 Era uma tarde linda de verão, não fazia muito calor, coisa incomum para a estação.
Estava tão agradável que resolvi sair para dar uma caminhada.
 Ao chegar à Avenida Vieira Souto, a primeira coisa que fiz foi olhar para o mar e respirar fundo, aquele cheiro da maresia me fascinava.
O lugar estava muito concorrido, parecia que Ipanema inteira tinha saído para passear na mesma hora.
A avenida estava cheia, babás com crianças, pessoas caminhando, outras andando de patins e algumas de bicicleta. Naquela época ainda não existia a ciclovia.
Queria andar em paz, sem me preocupar em esbarrar em ninguém ou ser atropelada, então decidi ir para o vão central, lá estava mais tranquilo.
Estava tão lindo que resolvi dar uma passadinha na casa de uma amiga, para convidá-la para me fazer companhia e juntas desfrutarmos daquele paraíso. Não era muito longe, ela morava na Rua Aníbal de Mendonça, só precisava andar alguns quarteirões.
De repente começou a soprar um vento mais forte, como se o tempo fosse virar. Aquilo era muito estranho, pois o tempo estava firme, o céu totalmente límpido e azul.
As pessoas caminhavam em um movimento frenético de volta para as suas casas.
Quando dei por mim, eu era a única pessoa que sobrara. Não conseguia entender o que tinha acontecido, por que elas tinham fugido tão apavoradas?
Em um piscar de olhos o céu se cobriu de nuvens pesadas e cinzentas. Fiquei intrigada, mas continuei em direção à casa da Denise, era esse o nome da minha amiga.
A esta altura, a casa dela ficava mais próxima do que a minha, e lá com certeza, encontraria abrigo.
Eu vestia um short e uma camiseta. Comecei a sentir frio, e algo pinicava as minhas pernas, era a areia que vinha da praia. Como era possível se eu estava distante?
 Resolvi olhar em direção ao mar, as ondas eram enormes e já chegavam na calçada, a areia fina da praia voava em todas as direções e de tanto em tanto se formavam rodamoinhos.
Comecei a ficar apavorada, não entendia o que estava acontecendo. Quando resolvi olhar para trás, fiquei aterrorizada. Não se via nada, tudo estava coberto por uma neblina densa e escura.
Percebi que era daquilo que as pessoas estavam fugindo e como eu estava andando em direção contrária e sozinha, não tinha percebido.
Apertei o passo, pois a casa da Denise já estava próxima.
Quanto mais eu andava, a sensação era de que mais me afastava do meu destino.
Procurei por alguém que pudesse me dar uma informação sobre o que estava acontecendo.
Atravessei a rua e fui em direção aos prédios e restaurantes da orla.
Estava tudo fechado e não havia mais ninguém. Foi quando vi um homem que vinha em minha direção.
Ao alcançá-lo perguntei se eu estava longe da Rua Aníbal de Mendonça, mas antes mesmo de obter a resposta tive tempo de olhar para a sua figura. Ele já tinha certa idade, sua pele toda encarquilhada, vestia farrapos e estava descalço. Aquele pobre ser fedia muito, que com certeza não sabia o que era tomar um banho, ou usar desodorante há muito tempo.
 Ao responder a minha pergunta, dizendo que eu estava na direção certa e que estava perto, além de ver que ele tinha poucos dentes, senti um bafo de cachaça horrível. Como se não bastasse o meu desespero, ele ainda me perguntou se eu estava maluca por andar na rua sozinha com aquele tempo. Afirmou também que era muito perigoso, que eu estava correndo perigo.
 A informação daquele mendigo bêbado seria confiável? Um ser inconsciente, totalmente fora da realidade. Falava com a língua enrolada e mole, efeitos da bebida, óbvio. Decidi seguir a sua indicação e ir em frente.
A esta altura, a tempestade aumentara, caia uma chuva intensa e tão forte que a minha visão já estava embaçada e a minha roupa encharcada.
Um carro apareceu e quando pensei em pedir socorro, vi que não era boa ideia, parecia estar me seguindo.
A esta altura eu corria tanto,  que a minha velocidade era maior que a do vento.
Finalmente cheguei à rua que buscava, seu nome estava escrito em uma dessas placas indicativas que ficam em pequenos postes nas esquinas.
Sai da avenida e entrei confiante na rua, pensei que a minha desventurada aventura chegara ao fim.
Para minha surpresa os edifícios não eram os que eu conhecia, a rua era sem saída. Não entendia o que estava acontecendo, mas teimosa e sem alternativa, seguia correndo fugindo do carro desconhecido que já estava muito próximo.
Era um beco sem saída, totalmente desconhecido e eu sempre morara em Ipanema.
Minha cabeça estava muito confusa, não podia voltar atrás por causa do carro, seguir em frente era muito arriscado, mas já não me restava alternativa.
 Vi uma propriedade imensa à minha esquerda, cercada por muros altos. Dirigi-me até o que parecia ser o portão de entrada da propriedade e para meu desespero, acima dele estava pendurada uma placa enorme com os seguintes dizeres: Casa de Reabilitação Mental Aníbal de Mendonça.
No instante que acabei de ler a placa, dois homens saltaram do carro e foram em minha direção, um pelo lado direito e o outro pelo lado esquerdo. Um deles trazia algo branco nas mãos.
Gelei! Aquele pano branco me parecia familiar.
Os dois cidadãos me chamaram pelo meu nome, tentaram me acalmar e me convencer a entrar na propriedade por vontade própria.
A esta altura o inevitável aconteceu, me imobilizaram e me vestiram aquela coisa. O tal pano branco era uma camisa de força.
Até hoje ouço os meus gritos: soltem-me eu não sou louca!
Onde moro agora? Na Casa de Reabilitação Mental Aníbal de Mendonça.
Tenho um quarto lindo, só meu, com vista para o jardim e frigobar. Permissão para sair, desde que seja acompanhada por meu enfermeiro particular. Ele é jovem, alto, forte, bonitão, bilíngue e se chama Pablo. O sonho de consumo de qualquer mulher. Agora estou mais calma e tranquila, apesar das minhas limitações mentais.
Assim sendo, conquistei o direito de sair. Posso ir à praia, tenho direito a frequentar o Country Club, passear, e viajar para onde quiser desde que seja de primeira classe e com o Pablo, é claro.
Aliás, agora tenho que arrumar minha bagagem. Amanhã partiremos para a Europa, os psiquiatras disseram que preciso relaxar um pouco, eles temem que eu tenha outra crise e fuja. 
Posso ser louca, mas não sou burra.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Hábitos?! Costumes?! Modismos?!





Modismos

A moda invadiu nosso cotidiano de tal maneira, que ela comanda todas as áreas, da indústria ao artesanato, da arquitetura ao paisagismo, do turismo à comunicação e por aí vai, seguindo o seu traçado dominador.
Comanda a vida do consumista, principalmente dos novos ricos, aqueles que acham que ostentar é sinal de poder.
 Não sei se foi o capitalismo, a globalização, ou se sempre foi assim e eu não tinha percebido.
 A velocidade com que as coisas mudam é assustadora e devastadora.
Os avanços da era da informatização são tão rápidos e notórios, que não vou adentrar nessa parte, pois estou mais defasada que um dinossauro.
A ordem do dia é consumir!
 Ah! E o sonho dos consumistas é trocar tudo a cada estação do ano.
Atenho-me ao carrilhão chefe que é sem dúvida o mais notório, o vestuário. Modelos de roupas, calçados, bijuterias, nem a cor e o corte dos cabelos se salvam.
Perdeu-se a noção do ridículo, do bom senso e o que é triste, do bom gosto.
Os capitalistas se transformaram em meros consumistas sem ideias próprias.
New York vem em primeiro lugar no comando, é a locomotiva, seguida muito longe, por Paris. Aqui somos só meros receptores e repetidores do que os estilistas estrangeiros nos mandam.
Tem gente que faz enxoval de seis em seis meses e se dá ao luxo de comprar tudo novo nos States.
A moda invadiu os jardins, a culinária, a mobília e se prestarmos atenção, influenciam até no peso e no feitio dos corpos. As mulheres têm que ser esqueléticas e homens tem que ter seus corpos musculosos. Elas vivem lutando contra balança e eles escravos das academias.
Perdeu-se a noção de que o melhor que existe na vida é ser livre.
Livre para vestir o que se gosta, sentir-se confortável, independente da etiqueta ou do preço.
Viajar para onde se tenha interesses, afinidades? Jamais se escolhe para onde se quer ir, e sim para o lugar que está na moda.
Saindo um pouco do reino das futilidades, percebi que até os jardins com suas plantas e flores foram influenciados. Não vemos mais copos de leite, margaridas, bocas de leão, antúrios, cravos, cravinas, hortênsias, jasmim manga, amor- perfeito, crisântemos, roseiras, lírios, papoulas, palmas, onze-horas ou dálias. As maria-sem vergonha foram trocadas por beijinhos-americanos.
Até as flores são importadas e quando não se adaptam ao nosso clima, fazem-nas artificiais. As dos ricos, ficam em belos arranjos de tecido espalhados pela casa, que são tão perfeitos que temos que tocá-los para sentir que são falsos. Para os sem poder aquisitivo, estas são substituídas pelas de plástico, infinitamente inferiores e horrorosas.
Ah! Já estava me esquecendo que as rosas além de não ter mais perfume, mudaram de forma e adquiriram novas cores
Agora temos flores tingidas, flores modificadas e até criadas pela Engenharia Genética.
Não posso falar do que vejo nos jardins modernos, pois nem sei o nome das plantas que se usam na atualidade.
Fico triste porque poucos primam pela autenticidade, por nossos costumes e hábitos, e muitos substituem o que é verdadeiramente nativo, para por em seu lugar estrangeirismos medíocres que nem cabem em nosso cotidiano.
Tenho saudade do jardim da casa da minha avó, lá as flores tinham perfume, as borboletas e os beija-flores eram inúmeros e voavam livremente.

                                                             Amor perfeito



 
 
                                                                          Antúrio

                                                          
                                                                   


                                                                 Boca de leão

 
 
 
Cravina 
 




                                                                          Cravos



 
 

Crisântemo

 
 
 
Dália





 
 
 
Flor de  viúva



                                                                 Jasmim manga

 
 
 
Lírio

 




                                                                       Margarida

 
 
Maria sem vergonha

 
 
                                                                     Copo de leite

 
 
Papoula

 
 
 
Rosa


 
 
 
Sempre viva 
 
 
 
 
Palmas ou gladíolos 
 
 



                                                                    Onze horas


                                                              


                                                            TULIPAS HOLANDESAS

                                          
                                             

               
                                           


                                                       Flores tingidas

                                                 Flores modificadas geneticamente 

                                               Flor criada pela Engenharia Genética


                                                                           Cravo

 
 

 
 
                                                        Cravo que brilha no escuro

 
 
                                                                  Orquídea tingida

 
 
 



 

 

 



Rosa  que brilha no escuro
 


                                                        A Edúnia, é um exemplo de espécie
                                                           criada pela engenharia genética

  As imagens foram retiradas da internet.