Modismos
A moda invadiu nosso cotidiano de tal maneira, que ela comanda todas as áreas, da indústria ao artesanato, da arquitetura ao paisagismo, do turismo à comunicação e por aí vai, seguindo o seu traçado dominador.Comanda a vida do consumista, principalmente dos novos ricos, aqueles que acham que ostentar é sinal de poder.
Não sei se foi o capitalismo, a globalização, ou se sempre foi assim e eu não tinha percebido.
A velocidade com que as coisas mudam é assustadora e devastadora.
Os avanços da era da informatização são tão rápidos e notórios, que não vou adentrar nessa parte, pois estou mais defasada que um dinossauro.
A ordem do dia é consumir!
Ah! E o sonho dos consumistas é trocar tudo a cada estação do ano.
Atenho-me ao carrilhão chefe que é sem dúvida o mais notório, o vestuário. Modelos de roupas, calçados, bijuterias, nem a cor e o corte dos cabelos se salvam.
Perdeu-se a noção do ridículo, do bom senso e o que é triste, do bom gosto.
Os capitalistas se transformaram em meros consumistas sem ideias próprias.
New York vem em primeiro lugar no comando, é a locomotiva, seguida muito longe, por Paris. Aqui somos só meros receptores e repetidores do que os estilistas estrangeiros nos mandam.
Tem gente que faz enxoval de seis em seis meses e se dá ao luxo de comprar tudo novo nos States.
A moda invadiu os jardins, a culinária, a mobília e se prestarmos atenção, influenciam até no peso e no feitio dos corpos. As mulheres têm que ser esqueléticas e homens tem que ter seus corpos musculosos. Elas vivem lutando contra balança e eles escravos das academias.
Perdeu-se a noção de que o melhor que existe na vida é ser livre.
Livre para vestir o que se gosta, sentir-se confortável, independente da etiqueta ou do preço.
Viajar para onde se tenha interesses, afinidades? Jamais se escolhe para onde se quer ir, e sim para o lugar que está na moda.
Saindo um pouco do reino das futilidades, percebi que até os jardins com suas plantas e flores foram influenciados. Não vemos mais copos de leite, margaridas, bocas de leão, antúrios, cravos, cravinas, hortênsias, jasmim manga, amor- perfeito, crisântemos, roseiras, lírios, papoulas, palmas, onze-horas ou dálias. As maria-sem vergonha foram trocadas por beijinhos-americanos.
Até as flores são importadas e quando não se adaptam ao nosso clima, fazem-nas artificiais. As dos ricos, ficam em belos arranjos de tecido espalhados pela casa, que são tão perfeitos que temos que tocá-los para sentir que são falsos. Para os sem poder aquisitivo, estas são substituídas pelas de plástico, infinitamente inferiores e horrorosas.
Ah! Já estava me esquecendo que as rosas além de não ter mais perfume, mudaram de forma e adquiriram novas cores
Agora temos flores tingidas, flores modificadas e até criadas pela Engenharia Genética.
Não posso falar do que vejo nos jardins modernos, pois nem sei o nome das plantas que se usam na atualidade.
Fico triste porque poucos primam pela autenticidade, por nossos costumes e hábitos, e muitos substituem o que é verdadeiramente nativo, para por em seu lugar estrangeirismos medíocres que nem cabem em nosso cotidiano.
Tenho saudade do jardim da casa da minha avó, lá as flores tinham perfume, as borboletas e os beija-flores eram inúmeros e voavam livremente.
Amor perfeito
Boca de leão
Cravina
Cravos
Crisântemo
Dália
Flor de viúva
Jasmim manga
Lírio
Margarida
Maria sem vergonha
Papoula
Rosa
Sempre viva
Palmas ou gladíolos
Onze horas
TULIPAS HOLANDESAS
Flores tingidas
Flores modificadas geneticamente
Flor criada pela Engenharia Genética
Cravo
Rosa que brilha no escuro
A Edúnia, é um exemplo de espécie
criada pela engenharia genética
As imagens foram retiradas da internet.
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