quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Que venha 2013

 
 
Desejo que os meus seres AMADOS em 2013, em quantidades exorbitantes, DEM E RECEBAM, o seguinte:
FÉ, AMOR, PAZ, LUZ, SAUDE, COMPAIXÃO, SOLIDARIEDADE, RESPEITO, AMIZADE, SIMPLICIDADE, PERCEPÇÃO, CRESCIMENTO, HUMILDADE, SUPERAÇÃO, VITORIAS E FORÇA.
Quando digo seres AMADOS, são todos aqueles da Adriana até a Yasmin, seguindo a ordem alfabética.
Aqueles que são meus filhos de sangue ou não, minha filhota do coração, familiares, hermanas que a vida me presenteou, ex- alunos, amigas e amigos que trabalharam comigo no difícil DEVER de EDUCAR, seres maravilhosos que conheci no FACE. Pessoas que nem se encontram mais neste planeta, outros que nem no face se encontram, mas todos os que moram em meu coração GIGANTE. De alguma maneira receberão meus votos e minhas vibrações na passagem do ano.
Que fique claro que quando eu digo que AMO é de verdade, não estou brincando e o meu amor certamente já foi declarado abertamente, pois nunca deixo para amanhã a frase: EU TE AMO. Vai que eu parto de uma hora para a outra para outras esferas...
Um beijo na alma de todos vocês e o forte desejo de que em 2013 possamos nos ver pessoalmente.
 
 
 


 


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Retrospectiva de 2012


Não vou falar das tragédias do planeta, tento aprender que elas não são minhas. Eu me importo, mas tento ignorá-las.
Não posso sofrer por fatos que não me dizem respeito diretamente. Então me faço a seguinte pergunta: é problema meu? Posso resolver?
Tento apertar um botão grande, vermelho que nele está escrito foda-se.
 Preciso me defender contra os males do mundo, para poder controlar a minha doença autoimune. Logo, é questão de sobrevivência.
 Alienada? Sim, não me interessam os filhos da violência e só lamento por suas vítimas.
Não me preocupar e sim ocupar-me com coisas que me dão prazer.
 Ainda estou em fase experimental, mas tenho fé de que vai dar certo, vou conseguir.
Com isso aprendi a direcionar o meu olhar para bem longe do ser humano.
Plantas, flores, bichos, o vento, a chuva, o Sol, a Lua, as estrelas e tudo ao meu redor agora tem outra dimensão. É como se tivesse aberto uma porta para o paraíso.
Estou apaixonada pela Mãe Natureza e pelo Pai, criador de tantas maravilhas.
Nem uma flor silvestre escapa ao meu olhar, não precisa ser orquídea para ser bela.
Encanto-me com os tico-ticos, onde está escrito que tem que ser rouxinóis?
 Ao acordar abro a janela do meu quarto e tenho a visão mais linda de montanhas que me cercam por todos os lados. Dou bom dia a elas e agradeço a Deus pelo presente de poder vê-las.
Antes de tomar o café, abro outra janela e lá estão elas, mais montanhas, umas com suas pedras gigantes, outras com suas matas maravilhosas.
Viajo com o aroma do café, das frutas, das flores da lavanda ou da dama da noite. Não preciso de perfumes franceses para ser feliz.
Estou maravilhada com a simplicidade! É isso que eu descobri em 2012 e é o que quero para mim, a simplicidade, nem mais nem menos.
Imagine que uma pessoa vem com um presente para você. Uma bomba, dentro de um pacote, bem embrulhado, uma beleza. Você aceita a bomba?
O que tento fazer é algo parecido, se a vida quer me dar um limão azedo e tão ácido que não dá nem para fazer uma limonada, eu simplesmente não aceito.
Ainda tenho minhas recaídas, mas me policio e com isso as crises estão cada vez mais escassas e menos avassaladoras.
Gostaria que isto que escrevo possa ajudar alguém, se não for assim é só mais um texto que escrevo.
Viviana feliz 2013! Família, amigos feliz 2013!
 Mundo? Se vira aí malandro! Eu estou fora de sua sintonia.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Posso ser louca, mas não sou burra.



Eu tinha vinte anos, morava em um apartamento na Rua Farme de Amoedo, em Ipanema.
 Era uma tarde linda de verão, não fazia muito calor, coisa incomum para a estação.
Estava tão agradável que resolvi sair para dar uma caminhada.
 Ao chegar à Avenida Vieira Souto, a primeira coisa que fiz foi olhar para o mar e respirar fundo, aquele cheiro da maresia me fascinava.
O lugar estava muito concorrido, parecia que Ipanema inteira tinha saído para passear na mesma hora.
A avenida estava cheia, babás com crianças, pessoas caminhando, outras andando de patins e algumas de bicicleta. Naquela época ainda não existia a ciclovia.
Queria andar em paz, sem me preocupar em esbarrar em ninguém ou ser atropelada, então decidi ir para o vão central, lá estava mais tranquilo.
Estava tão lindo que resolvi dar uma passadinha na casa de uma amiga, para convidá-la para me fazer companhia e juntas desfrutarmos daquele paraíso. Não era muito longe, ela morava na Rua Aníbal de Mendonça, só precisava andar alguns quarteirões.
De repente começou a soprar um vento mais forte, como se o tempo fosse virar. Aquilo era muito estranho, pois o tempo estava firme, o céu totalmente límpido e azul.
As pessoas caminhavam em um movimento frenético de volta para as suas casas.
Quando dei por mim, eu era a única pessoa que sobrara. Não conseguia entender o que tinha acontecido, por que elas tinham fugido tão apavoradas?
Em um piscar de olhos o céu se cobriu de nuvens pesadas e cinzentas. Fiquei intrigada, mas continuei em direção à casa da Denise, era esse o nome da minha amiga.
A esta altura, a casa dela ficava mais próxima do que a minha, e lá com certeza, encontraria abrigo.
Eu vestia um short e uma camiseta. Comecei a sentir frio, e algo pinicava as minhas pernas, era a areia que vinha da praia. Como era possível se eu estava distante?
 Resolvi olhar em direção ao mar, as ondas eram enormes e já chegavam na calçada, a areia fina da praia voava em todas as direções e de tanto em tanto se formavam rodamoinhos.
Comecei a ficar apavorada, não entendia o que estava acontecendo. Quando resolvi olhar para trás, fiquei aterrorizada. Não se via nada, tudo estava coberto por uma neblina densa e escura.
Percebi que era daquilo que as pessoas estavam fugindo e como eu estava andando em direção contrária e sozinha, não tinha percebido.
Apertei o passo, pois a casa da Denise já estava próxima.
Quanto mais eu andava, a sensação era de que mais me afastava do meu destino.
Procurei por alguém que pudesse me dar uma informação sobre o que estava acontecendo.
Atravessei a rua e fui em direção aos prédios e restaurantes da orla.
Estava tudo fechado e não havia mais ninguém. Foi quando vi um homem que vinha em minha direção.
Ao alcançá-lo perguntei se eu estava longe da Rua Aníbal de Mendonça, mas antes mesmo de obter a resposta tive tempo de olhar para a sua figura. Ele já tinha certa idade, sua pele toda encarquilhada, vestia farrapos e estava descalço. Aquele pobre ser fedia muito, que com certeza não sabia o que era tomar um banho, ou usar desodorante há muito tempo.
 Ao responder a minha pergunta, dizendo que eu estava na direção certa e que estava perto, além de ver que ele tinha poucos dentes, senti um bafo de cachaça horrível. Como se não bastasse o meu desespero, ele ainda me perguntou se eu estava maluca por andar na rua sozinha com aquele tempo. Afirmou também que era muito perigoso, que eu estava correndo perigo.
 A informação daquele mendigo bêbado seria confiável? Um ser inconsciente, totalmente fora da realidade. Falava com a língua enrolada e mole, efeitos da bebida, óbvio. Decidi seguir a sua indicação e ir em frente.
A esta altura, a tempestade aumentara, caia uma chuva intensa e tão forte que a minha visão já estava embaçada e a minha roupa encharcada.
Um carro apareceu e quando pensei em pedir socorro, vi que não era boa ideia, parecia estar me seguindo.
A esta altura eu corria tanto,  que a minha velocidade era maior que a do vento.
Finalmente cheguei à rua que buscava, seu nome estava escrito em uma dessas placas indicativas que ficam em pequenos postes nas esquinas.
Sai da avenida e entrei confiante na rua, pensei que a minha desventurada aventura chegara ao fim.
Para minha surpresa os edifícios não eram os que eu conhecia, a rua era sem saída. Não entendia o que estava acontecendo, mas teimosa e sem alternativa, seguia correndo fugindo do carro desconhecido que já estava muito próximo.
Era um beco sem saída, totalmente desconhecido e eu sempre morara em Ipanema.
Minha cabeça estava muito confusa, não podia voltar atrás por causa do carro, seguir em frente era muito arriscado, mas já não me restava alternativa.
 Vi uma propriedade imensa à minha esquerda, cercada por muros altos. Dirigi-me até o que parecia ser o portão de entrada da propriedade e para meu desespero, acima dele estava pendurada uma placa enorme com os seguintes dizeres: Casa de Reabilitação Mental Aníbal de Mendonça.
No instante que acabei de ler a placa, dois homens saltaram do carro e foram em minha direção, um pelo lado direito e o outro pelo lado esquerdo. Um deles trazia algo branco nas mãos.
Gelei! Aquele pano branco me parecia familiar.
Os dois cidadãos me chamaram pelo meu nome, tentaram me acalmar e me convencer a entrar na propriedade por vontade própria.
A esta altura o inevitável aconteceu, me imobilizaram e me vestiram aquela coisa. O tal pano branco era uma camisa de força.
Até hoje ouço os meus gritos: soltem-me eu não sou louca!
Onde moro agora? Na Casa de Reabilitação Mental Aníbal de Mendonça.
Tenho um quarto lindo, só meu, com vista para o jardim e frigobar. Permissão para sair, desde que seja acompanhada por meu enfermeiro particular. Ele é jovem, alto, forte, bonitão, bilíngue e se chama Pablo. O sonho de consumo de qualquer mulher. Agora estou mais calma e tranquila, apesar das minhas limitações mentais.
Assim sendo, conquistei o direito de sair. Posso ir à praia, tenho direito a frequentar o Country Club, passear, e viajar para onde quiser desde que seja de primeira classe e com o Pablo, é claro.
Aliás, agora tenho que arrumar minha bagagem. Amanhã partiremos para a Europa, os psiquiatras disseram que preciso relaxar um pouco, eles temem que eu tenha outra crise e fuja. 
Posso ser louca, mas não sou burra.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Hábitos?! Costumes?! Modismos?!





Modismos

A moda invadiu nosso cotidiano de tal maneira, que ela comanda todas as áreas, da indústria ao artesanato, da arquitetura ao paisagismo, do turismo à comunicação e por aí vai, seguindo o seu traçado dominador.
Comanda a vida do consumista, principalmente dos novos ricos, aqueles que acham que ostentar é sinal de poder.
 Não sei se foi o capitalismo, a globalização, ou se sempre foi assim e eu não tinha percebido.
 A velocidade com que as coisas mudam é assustadora e devastadora.
Os avanços da era da informatização são tão rápidos e notórios, que não vou adentrar nessa parte, pois estou mais defasada que um dinossauro.
A ordem do dia é consumir!
 Ah! E o sonho dos consumistas é trocar tudo a cada estação do ano.
Atenho-me ao carrilhão chefe que é sem dúvida o mais notório, o vestuário. Modelos de roupas, calçados, bijuterias, nem a cor e o corte dos cabelos se salvam.
Perdeu-se a noção do ridículo, do bom senso e o que é triste, do bom gosto.
Os capitalistas se transformaram em meros consumistas sem ideias próprias.
New York vem em primeiro lugar no comando, é a locomotiva, seguida muito longe, por Paris. Aqui somos só meros receptores e repetidores do que os estilistas estrangeiros nos mandam.
Tem gente que faz enxoval de seis em seis meses e se dá ao luxo de comprar tudo novo nos States.
A moda invadiu os jardins, a culinária, a mobília e se prestarmos atenção, influenciam até no peso e no feitio dos corpos. As mulheres têm que ser esqueléticas e homens tem que ter seus corpos musculosos. Elas vivem lutando contra balança e eles escravos das academias.
Perdeu-se a noção de que o melhor que existe na vida é ser livre.
Livre para vestir o que se gosta, sentir-se confortável, independente da etiqueta ou do preço.
Viajar para onde se tenha interesses, afinidades? Jamais se escolhe para onde se quer ir, e sim para o lugar que está na moda.
Saindo um pouco do reino das futilidades, percebi que até os jardins com suas plantas e flores foram influenciados. Não vemos mais copos de leite, margaridas, bocas de leão, antúrios, cravos, cravinas, hortênsias, jasmim manga, amor- perfeito, crisântemos, roseiras, lírios, papoulas, palmas, onze-horas ou dálias. As maria-sem vergonha foram trocadas por beijinhos-americanos.
Até as flores são importadas e quando não se adaptam ao nosso clima, fazem-nas artificiais. As dos ricos, ficam em belos arranjos de tecido espalhados pela casa, que são tão perfeitos que temos que tocá-los para sentir que são falsos. Para os sem poder aquisitivo, estas são substituídas pelas de plástico, infinitamente inferiores e horrorosas.
Ah! Já estava me esquecendo que as rosas além de não ter mais perfume, mudaram de forma e adquiriram novas cores
Agora temos flores tingidas, flores modificadas e até criadas pela Engenharia Genética.
Não posso falar do que vejo nos jardins modernos, pois nem sei o nome das plantas que se usam na atualidade.
Fico triste porque poucos primam pela autenticidade, por nossos costumes e hábitos, e muitos substituem o que é verdadeiramente nativo, para por em seu lugar estrangeirismos medíocres que nem cabem em nosso cotidiano.
Tenho saudade do jardim da casa da minha avó, lá as flores tinham perfume, as borboletas e os beija-flores eram inúmeros e voavam livremente.

                                                             Amor perfeito



 
 
                                                                          Antúrio

                                                          
                                                                   


                                                                 Boca de leão

 
 
 
Cravina 
 




                                                                          Cravos



 
 

Crisântemo

 
 
 
Dália





 
 
 
Flor de  viúva



                                                                 Jasmim manga

 
 
 
Lírio

 




                                                                       Margarida

 
 
Maria sem vergonha

 
 
                                                                     Copo de leite

 
 
Papoula

 
 
 
Rosa


 
 
 
Sempre viva 
 
 
 
 
Palmas ou gladíolos 
 
 



                                                                    Onze horas


                                                              


                                                            TULIPAS HOLANDESAS

                                          
                                             

               
                                           


                                                       Flores tingidas

                                                 Flores modificadas geneticamente 

                                               Flor criada pela Engenharia Genética


                                                                           Cravo

 
 

 
 
                                                        Cravo que brilha no escuro

 
 
                                                                  Orquídea tingida

 
 
 



 

 

 



Rosa  que brilha no escuro
 


                                                        A Edúnia, é um exemplo de espécie
                                                           criada pela engenharia genética

  As imagens foram retiradas da internet.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vajante


Viajava sozinha no meu carro, não sei bem se poderia chamá-lo assim, pois ele tinha dois volantes, duas frentes, era multicolorido, conversível, não fazia barulho, flutuava, não havia a parte traseira como nos carros atuais, era algo bem futurístico.
Transitava por uma estrada estreita, muito acidentada e agreste. De repente surgiu à minha frente um túnel imenso.
Depois de algum tempo dirigindo dentro do túnel, ele começou a tomar novas formas. Ficou em um estado deplorável, como se tivesse sido abandonado no meio da construção e à medida que avançava a coisa só piorava. Ficou estreito, muito alto, lamacento, escuro, do teto caiam inúmeras goteiras, o piso ficara escorregadio e pedregoso.
De onde saia tanta água? O que havia acima do túnel? Um lago? Um rio? Uma represa?
Parecia que ia desabar a qualquer momento. O medo tomou conta de mim, queria voltar, mas não tinha como manobrar meu veículo. Só havia um jeito, a pé, mas a distância que eu percorrera dentro dele era enorme.
 Já sem alternativa, parei e comecei a caminhar em direção a entrada. Procurei por ajuda, mas nem uma alma viva, e para melhorar o celular não tinha sinal.
A esta altura o meu nome era Medo.
Apressei o passo o máximo que pude, só não deu para correr, pois sabia que um percurso longo e perigoso me aguardava.
Andei por muito tempo, quando estava esgotada, já sem força, do nada apareceu uma coisa parecendo uma saída. Tratava-se de outra pequena escavação à minha direita. Não tive dúvida, entrei sem saber aonde aquilo iria chegar.
 Naquele momento nada mais me importava, era uma saída daquele lugar horrível e supostamente me levaria a algum lugar.  
No estreito corredor, com pouca luminosidade, me aguardava outra surpresa. O chão era de terra batida misturado com pedras, duro e em declive. Nas paredes, de tanto em tanto, apareciam pequenas tochas que clareavam um pouco o lugar.
Depois de muito andar, quando pensei que estava chegando ao fim, apareceram à minha frente seres cavando. Eles não falavam entre si, nem perceberam a minha presença. Seriam surdos, mudos? Pareciam androides.
De repente, deparei-me com algo surpreendente, inacreditável, irreal. Um lugar imenso, comparando com algo que eu conheça no planeta, diria que era semelhante a Serra Pelada.
Aqueles seres estariam garimpando?
O único som que eu ouvia era o som das picaretas batendo por todos os lados. Eu estava dentro de um globo subterrâneo gigantesco, milhares de androides trabalhavam mecanicamente e sem ninguém no comando.
Vi ao longe uma mulher, que também parecia estar procurando uma saída. O único ser normal até então, ela veio em minha direção, nada falou e me seguiu. Por um momento tive a esperança de que juntas encontraríamos a saída.
A tal mulher, andava atrás de mim de uma maneira tão estranha que mais parecia um cachorro faminto me seguindo. Aquilo foi me irritando tanto, que antes de perder a minha paciência, parei, fechei os olhos, concentrei-me no meu objetivo. Respirei fundo algumas vezes, pedi a Deus que me protegesse e que permitisse que minha intuição aflorasse.
Após alguns minutos de concentração, comecei a olhar tudo ao meu redor tentando ver algo diferente, algo que fugisse do padrão lugar, algo que se destacasse do todo.
Não demorei muito para encontrar o que tanto procurava. Em um determinado ponto, bem distante, pude perceber que havia uma pequena trilha com uma ponte suspensa que levava até o lado oposto de onde estávamos.
Ao chegar do outro lado da ponte, havia um grupo de cinco homens parados. Estariam ali para socorrer-nos?
Um deles colocou-se à minha frente, parecia ser o líder, os outros se posicionaram atrás da minha companheira.
Ele era muito alto, forte, cabelos longos, castanhos e lisos, tez escura comoa de um índio e parecia não ter idade. Não pude ver seus olhos, pois usava óculos muito escuros. Vestia um traje marrom, de um tecido que desconheço, que o camuflava perfeitamente. Transmitia muita segurança, possuía algo diferente dos outros, irradiava uma energia boa e positiva.
Minha acompanhante falou pela primeira vez: – Ele nos guiará, é um excelente piloto.
Piloto? O que significava esta palavra naquele lugar? De onde ela o conhecia?
Não tive duvida quanto a segui-lo, minha intuição dizia que seria a última etapa da jornada.
Depois de um tempo chegamos a um riacho. Tínhamos que pulá-lo, mas não sei por que motivo, não podíamos tocar na água.
Pela primeira vez olhei para mim, como que me perguntando se conseguiria fazer aquilo. Foi então que vi que calçava botas e vestia um macacão marrom também. Aquela roupa não era minha, mas não sei dizer em que momento aquilo foi parar no meu corpo. E surpreendentemente, depois de tão longa caminhada, estava limpa, sem lama, nem resquícios do que eu já tinha passado.
De quem era aquela roupa?
Eu já estava tão apavorada, que aquilo me pareceu apenas um detalhe, o que eu ansiava era sair dali, o resto não me importava.
Nosso guia foi o primeiro a pular, tomei coragem e decidi segui-lo.
Olhei o córrego e percebi que a distância entre as margens era grande, que seria difícil atravessá-lo com um simples pulo, mas se ele tinha conseguido eu também podia.
Recuei, tomei distância, respirei fundo, sai correndo para tomar impulso, fechei meus olhos e pulei. Meus pés pareciam ter asas e eu praticamente levitei até a outra margem. Senti um prazer indescritível, o que acabara de realizar era inacreditável.
Agora faltavam a outra mulher e os homens. Pressenti que ela não conseguiria, fiquei preocupada. Eu estava certa, ela tomou impulso, molhou o pé direito na saída e ao chegar do outro lado, pisou em cheio na água com o pé esquerdo e escorregou. Ou seja, pelos meus cálculos a infeliz tinha queimado na largada e na saída.
Ela estava molhada!Nesse instante, o riacho se transformou em um rio caudaloso e a arrastou junto com os outros. Levou-os como se fossem folhas secas.
Tive o instinto de tentar salvá-los, mas o guia me impediu.
Fiquei apavorada. Quantas provas ainda teria que superar para conseguir a minha liberdade?
Agora só restávamos o guia e eu. Neste instante o guia parou, tirou os óculos e me olhou, para meu espanto seus olhos não eram normais. Os globos oculares eram enormes, totalmente translúcidos e azuis.
Gelei! Fiquei petrificada e atônita.
Ele não falou nada, apenas comunicou-se telepaticamente comigo e me acalmou. Queria que eu o seguisse, mas como, se eu não conseguia sair do lugar?
Postou-se ao meu lado e ambos levitamos a poucos centímetros do chão.
 Naquele instante percebi que eu era refém daquele ser. Perdi o medo, pois ele me transmitia segurança, com seus atos demonstrava que sabia o que estava fazendo.
Estávamos a muitos metros da superfície da Terra, quando chegamos a uma espécie de mirante. Este era todo protegido por um material que nos permitia ver através dele, mas a nossa presença não era notada do outro lado.
Não conseguia acreditar no que estava presenciando.
Longe de onde estávamos, havia uma cadeia de montanhas, todas cobertas de uma vegetação diferente. Ficamos ali parados olhando, era tudo tão belo, mas algo me dizia que não era só para ver as montanhas que eu estava ali.
Dito e feito, de repente começaram a sair de dentro das montanhas objetos luminosos que se dirigiam para a superfície da Terra.
Perguntei-lhe o que eram aqueles pontos luminosos?
Vocês chamam de óvnis. Meu guia me informava tudo, passo a passo, telepaticamente.
Sua última mensagem foi: – Agora que você já pode voltar para casa, espero que tenha aprendido algo nesta viagem.
Não sei como, nem o que ele fez, mas um instante depois eu estava fora daquele lugar, dirigindo um carro normal, em uma estrada comum, voltando para casa.
Fico me perguntando que experiência foi essa?
Foi como se eu tivesse sido manipulada o tempo todo, uma peça de um jogo, ou quem sabe fora um teste? O túnel barrento, a mina cinzenta, a travessia do riacho e finalmente o mirante com a vista intraterrena.
Foi como se estivéssemos dentro de um computador com alguém observando as nossas reações e habilidades.
Exatamente como a vida é na realidade, com testes, provações e medos a serem vencidos.
Superar a tal experiência, voltar à vida normal, é que foi difícil. Não poder compartilhar com ninguém foi a pior parte. Quem acreditaria na minha história?
As perguntas que não me saem da cabeça são: quando virão as próximas etapas, encontrar-me-ei novamente com o piloto?
Depois desta vivência, surgiram muitos questionamentos e eu ainda não sei as respostas.
Tenho certeza de que novas etapas virão e de que as vencerei.  Será verei o piloto novamente?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Burrice? Loucura? Senilidade? Tudo verdade!



Dialogando com os meus eus.


Que burrice! Não existe eus.

– O dialogo é meu e eu quero fazê-lo com os meus eus. Dá licença?

–Não dou, odeio burrice, intitule o texto assim: Monólogo comigo mesma. Soa melhor, apesar de também ser absurdo. Bastaria só a palavra: monólogo.

– Não! Eu quero dialogar com meus eus.
Você por exemplo é apenas uma parte da minha mente, a razão.
É aquela coisa que fica pentelhando na cabeça da gente, que é crítica pura. Não passa de uma entre as minhas múltiplas facetas.


– Nossa! Quem é você que está no comando deste diálogo?

– Eu sou a dona da batuta, sou a maestrina desta merda e você se aquieta, quero pensar e não consigo. Não me interrompa mais.

.–Sim senhora Sabedoria

–Senhora Sabedoria é a puta que te pariu.

– Risos. Perdeu a linha camarada? Era só o que faltava, além de ignorante é metida.
Somos um ser só, a mãe que você está ofendendo é a sua, ou melhor, a nossa.
Desce do palco criatura!


– Caralho! Eu falo quantos impropérios quiser e você não tem nada com isso. Afinal de contas o dialogo foi ideia minha e você se meteu de enxerida, crente que é a dona da verdade e da razão.
 A fodona!


Fez-se o silêncio!


– Ah! Minha memória se perde entre tantos devaneios.
  É isso, minha memória! Ela está inquieta, pula de galho em galho, tal qual um macaco. Não consigo ler, pois não memorizo a linha anterior.
Passo os dias procurando coisas que não sei onde guardei ou onde larguei.
 Caminho inutilmente de um lado para o outro, ora correndo atrás do próprio rabo, ora que nem barata tonta.
Sei que não é o fator idade que está me influenciando negativamente; ou são os remédios ou é a doença.
Risos. Será que vou ficar piroca das ideias? Era só o que me faltava!
Também quero conversar com a minha doença, meus medos, minhas culpas e meus erros. Quero arrancar de dentro de mim tudo o que não presta o que é inútil e só pesa no esqueleto. Não quero fardos desnecessários.
Que merda! Quer saber não estou nem um pouco a fim de fazer uma faxina e muito menos de ficar bisbilhotando o passado.
Não quero pensar nem filosofar.
O passado que fique no arquivo morto e que leve junto com ele os fantasmas que as vezes teimam em me atormentar.
Do presente, só quero as coisas boas, algo assim, bem seleto. Do planeta só as noticias boas.
E de resto, que se dane o mundo que eu não me chamo Raimundo.


 –Raimundo! Não, ele não tem nada a ver com as suas loucuras.

–La vem você me perturbar outra vez, mas agora coberta de razão, troquemos por Sujismundo.

–Por falar em Sujismundo, você não vai sair em defesa do planeta?
Não vai falar das criancinhas abandonadas, da poluição, do desmatamento, das dores da natureza, do sofrimento dos animais, das guerras, das catástrofes, das atrocidades, da violência, da covardia...


– Vai tomar no olho do seu cu.
Fui bem clara e específica?
Não me torra a paciência porque agora o que eu quero é simplesmente sentir um pouco de paz e dormir. Se por um acaso houver a possibilidade de hibernar, melhor ainda.
Minha querida se for por falta de adeus ou de um bom palavrão, aqui vão eles: vai se foder, não me enche o saco e aproveita o tempo livre para me esquecer.
Adeus!
Tá ligada?!

Fui.

PQP SALVEM A SERRA DA CANASTRA INTEIRAAAAAAAAAA


JÁ ESTOU NERVOSA!
 
SÃO 16:00 E EU NÃO FIZ NADA ALÉM DE TENTAR COLOCAR ESTAS FOTOS, QUE ACABARAM SAINDO DESORDENADAS, DO TAMANHO QUE ELAS ESCOLHERAM, ETC., ETC., ETC.
 
PODEM ME CHAMAR DE IGNORANTE, MAS NA MINHA ÉPOCA NÃO HAVIA COMPUTADOR, EU FIZ O MEU MELHOR E SEM NINGUEM PARA ME AJUDAR.
 
ESTOU VELHA E O QUE É PIOR DOENTE, LOGO ME ENCONTRO DE MÃOS ATADAS.
 
 
FAÇAM A SUA PARTE, ENCONTREM UM CAMINHO, MOBILIZEM-SE DE ALGUMA MANEIRA EM PROL DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CANASTRA E SEUS ARREDORES.
 
TEM TAMBEM A OPÇÃO DE FICAR ABESTALHADO SEM FAZER NADA, ESPERANDO QUE ACABEM COM O QUE TEMOS DE MAIS BONITO E VALIOSO NO BRASI:
 A NATUREZA.
 
TENHO DITO.

 PQP,K,M.
 
 
Viviana Moreira






 

Segunda parte: SALVEM O PARQUE DA SERRA DA CANASTRA

" CUANDO LLEGASTE APENAS ME CONOCIAS...

CUANDO TE VAYAS ME LLEVARAS CONTIGO..."

 

Segunda parte: SALVEM O PARQUE DA SERRA DA CANASTRA