terça-feira, 26 de junho de 2012

Indignação ou tristeza?

Indignação e tristeza

Quem vem primeiro, a indignação ou a tristeza? Neste momento vivo a indignação, ontem foi a tristeza. Entre os dois, prefiro escrever sob o poder da indignação, ela é forte e espero que sirva para um propósito.
Primeiro, vou me ater a passagens vividas na minha adolescência rumo ao que me transformei. Não vou comentá-las, cada um que interprete como puder.
Lembro-me de que quando tinha quatorze anos, meu pai vivia um momento de sucesso econômico, o que lhe permitia ter dois carros. Uma Mercedes quase nova e um Fusca que era para o meu irmão aprender a dirigir. Morávamos em um apartamento próprio na Urca e estudávamos em uma escola particular em Copacabana.
Um belo domingo, nós saímos para passear com um casal amigo do meu pai e eu resolvi chamar uma amiga para me fazer companhia. Lembro-me claramente quando sua mãe me viu descer do carro exclamando: De Kombi! Com ar de desdém. É, o amigo do meu pai tinha uma Kombi, mas a senhora esperava a Mercedes.
Tornei-me namorada do irmão desta amiga e um belo dia ele ganhou do seu pai um jantar para duas pessoas em um bom restaurante. Meu namorado me disse: Vou levar o seu irmão, você não tem roupas adequadas para frequentar um lugar como este.
Depois de me mudar para Teresópolis perdi o contato com estas pessoas, mas soube por terceiros que os pais se separaram. A mãe foi trocada por uma amiga do casal e ao que me parece a senhora pomposa não só perdeu o marido como a pose também. Não sei se seus filhos se casaram com pessoas abastadas como era o seu desejo, mas vim, a saber, que ela e a minha amiga já não se encontravam entre nós. Quando, onde, como? Não faço a menor ideia, só espero que estejam em paz.
A pergunta que não me quer calar é: Será que elas chegaram a ver que a beleza da vida está em poder enxergar as coisas simples, aquelas que não custam nada, assim como: a beleza de uma cerejeira em flor, o voo de um beija-flor, um entardecer com todas as nuances desenhadas no céu.
Não nego que ter muito dinheiro deve ser muito bom, ele compra até gente.
Viver em palacetes, viajar pelo mundo, possuir carrões maravilhosos, poder pagar as melhores escolas para os filhos, gastar com roupas de grife, etc.
Vivo com conforto, tenho um carro humilde, se tenho alguma roupa de grife foi presente, não gasto meu dinheiro com futilidades, eu creio que é um desperdício, mas se eu pudesse não nego, viajaria muito.
Dizem que dinheiro não traz felicidade, ele a compra.
Para o lugar aonde todos vamos ele não serve, e como despedida ele pode pagar um maravilhoso caixão e um puta enterro.
O que estou pregando com todo este blá, blá, blá, é o seguinte:
☼ Na simplicidade encontrei a felicidade.
☼ Amando pessoas simples encontrei a paz.
☼Observando a natureza encontrei a alegria.
Alguém pode me dizer de quanto dinheiro eu preciso para comprar esses três itens: felicidade, paz, alegria?
Não pensem que me esqueci do amor, este eu dou de graça e não espero retorno, claro que se houver reciprocidade é muito melhor.
Espero que minha amiga antes de partir tenha encontrado o seu jeito de ser feliz, encontrar a paz, a alegria e o conforto de doar amor.
Desejo que os meus amigos, amigas, filhos de sangue e os meus filhotes adotados encontrem os seus caminhos, e que estes lhes tragam felicidade, paz, alegria e amor.


 



























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